Introdução Alimentar sem Neuras
- Luciana Morgado
- 11 de fev. de 2016
- 3 min de leitura

Você pode escolher se vai fazer parto normal ou cesariana, se vai amamentar ou dar mamadeira, se vai deixar seu bebê no berçário ou com a babá, mas quando chega a hora da introdução alimentar, você escolhe o caminho, mas é o bebê quem vai dizer como, quando e o que quer comer. Você pode discordar, mas acredite: os bebês são indivíduos únicos, com personalidade própria, o que faz com que tenham suas preferencias, inclusive com relação aos alimentos.
Depois que fui mãe comecei a dar muito mais valor a alimentação saudável, equilibrada, sem açúcar, sem industrializados, sem muito sal, ehoje tento adaptar minhas escolhas as preferencias dos meus filhos, sem abrir mão de nada disso. Quero dizer que aqui em casa não existe preferir uma bolacha recheada a uma integral, porque aqui em casa não existe bolacha recheada. As preferencias deles giram em torno dos legumes, verduras, carnes e frutas, e eu tento oferecer no nosso dia a dia um equilíbrio entre aquilo que eles comem sem problemas e aquilo que eles tem uma certa resistência.
Aprendi, na prática, que insistir em algo que eles não aceitam só gera desgaste, é perda de tempo, além de ser traumatizante para a mãe e para a criança. Por isso, a criança precisa comer muitos tipos de frutas, legumes e verduras, primeiro individualmente, depois combinados, para que possa definir o que gosta ou não. Só assim você vai conseguir entender o que ela come ou não e poder substituir uma fruta ou um legume, garantindo os nutrientes necessários para o desenvolvimento dela.
Aqui em casa sei que não adianta querer que os meninos comam laranja, por exemplo, porque não vai acontecer! Um não gosta dos gominhos e o outro não gosta muito das frutas mais azedinhas, então, prefiro fazer uma laranjada ou oferecer uma mexerica ou uma laranja mais “doce”. Com o tempo a gente vai conhecendo nossos filhos, e é quando entendemos e aceitamos suas mensagens que a introdução alimentar acontece mais naturalmente.
Diria que tentar novos jeitos de oferecer os alimentos é o primeiro passo. O segundo é planejar alternativas para aquelas coisas que eles rejeitam com frequência. Por exemplo, o Leo gosta de bananas picadas, o Nelsinho gosta delas amassadas. O Leo gosta de ovos mexidos, o Nelsinho de ovos cozidos. Se eu sempre fizesse ovos mexidos, sem questionar, sem conversar com ele, chegaria a conclusão de que ele não gosta de ovo, e isso seria um erro fatal. O que quero dizer é que podemos oferecer o mesmo alimento de diversas formas, com temperos diferentes, com outros modos de preparo, para que a criança identifique qual paladar a faz mais feliz, pois acredito que a hora da refeição deve ser um momento de prazer e não um castigo, onde a criança precisa comer aquilo e ponto final.
Se eu puder dar uma dica, diria para ficar sempre atenta aos sinais, e para que não crie expectativas! Viva um dia de cada vez, esteja aberta a novas possibilidades e seja flexível. Se o bebê não aceita uma fruta em pedaços, tente raspadinha. Se ele não gosta de certo legume cru, tente cozido. E ainda assim, se mudar o modo de preparo não funcionar, troque a fruta ou o legume por outro, mas não desista! Mais importante que caminho escolhido para começar a introdução alimentar, é que a introdução de fato funcione, e que seu filho possa conhecer diferentes tipos de frutas, legumes, verduras e alimentos no geral, para desenvolver seu paladar, crescer forte e seguir saudável para as próximas fases.
Até a próxima! Um beijo, Lu
POST ESCRITO PARA O BLOG MÃE QUE ESCREVE, DA BRINQUEDOS BANDEIRANTE
Comments