Pequenos Saudáveis
- Luciana Morgado
- 3 de fev. de 2016
- 3 min de leitura

Alimentação saudável é pauta em diversos grupos, principalmente quando nos tornamos mães. Proporcionar uma boa alimentação para nossos filhos é uma das missões mais importantes do nosso papel de mãe, e no cenário em que vivemos, isso pode se tornar uma missão um tanto quanto impossível.
Comer bem implica em qualidade e não em quantidade, como se acreditava antigamente, e é difícil quando precisamos parar de comer algumas coisas que não nos fazem bem, como doces, frituras e alimentos pouco nutritivo, como pães de calorias vazias. Mais difícil ainda é tentar evitar que nossos filhos consumam tudo isso.
Existem algumas barreiras para as mamães que optam pelo caminho mais saudável:
Social: Porque todos vão te dizer que você é maluca, afinal o coitadinho do seu filho não vai morrer se comer um brigadeiro, um lanche feliz ou se tomar um copinho de refrigerante. E vão dizer tudo isso e muito mais, mesmo que ele tenha apenas meses de idade.
Cultural: O doce tem um grande apelo emocional na nossa cultura. No geral, as pessoas quando estão tristes comem um docinho para se alegrar, quando estão felizes demais comem para comemorar. O doce é o jeito que a vovó tem de agradar, é o que a titia dá quando eles vão passear, porque simboliza coisas boas, nos faz sentir bem, porque o açúcar causa esse efeito no nosso cérebro. Então, é assim que o doce é visto no ocidente, como um grande amigo que só nos dá alegria.
Tempo: Nos dias de hoje, cozinhar envolve tempo. É preciso pensar nas receitas, buscar os ingredientes, parar para fazer tudo. Para quem tem prática e tempo livre, é ótimo. Para quem está começando, ou não tem tempo algum, a coisa complica. Por isso, muitas mães acabam caindo nas armadilhas das papinhas industrializadas e afins.
Dinheiro: Comer bem sai mais caro, sim! Alimentos orgânicos são 30% mais caros que os comuns, além das outras mil coisas como óleo de côco, leite de amêndoas e tudo aquilo que pode fazer a diferença no nosso dia a dia. Mas vale a pena, o problema é que as vezes tudo isso acaba não cabendo no orçamento.
Escola: última mas não menos importante, a escola é um problema! Na maioria dos casos, os cardápios montados pelas nutricionistas são muito pouco nutritivos, principalmente na hora dos lanches. Além disso, grande parte das escolas compra itens industrializados que contém muito açúcar, gordura e sódio, ao invés de investir em opções mais naturais, feitas na hora, com legumes, verduras, cereais e frutas.
O que quero dividir aqui hoje é: educação alimentar a gente tem que dar em casa, porque o mundo lá fora ainda não está preparado para comer bem. Então, não se descabele com a sogra, com a escola ou com a amiga que fez uma festinha cheia de guloseimas e frituras. É assim mesmo! Se concentre no seu filho, e no que ele precisa entender para que faça as melhores opções. Converse muito, explique o que é ou não saudável desde bebê, ele vai entender aos poucos, e vai te surpreender.
Aqui em casa, tento passar para os meus filhos que comer bem é cuidar de si mesmo, do próprio corpo, é um jeito de crescer bem e feliz. Meu mais velho nega pirulitos, balas, achocolatados de caixinha e tudo mais que ele sabe que não vão fazer bem algum. Ele sabe que no café da manhã comemos primeiro o que tem mais vitaminas, depois o que dá mais energia, e faz direitinho. Ele sabe que suco de caixinha não tem vitamina, só açúcar, e que o suco feito da fruta é mais saudável e mais gostoso. Ele sabe, porque eu falo tudo isso pra ele há 4 anos, como o objetivo de preparar ele para o que está além de mim, além do que posso controlar. Afinal, ser mãe é educar, preparar os filhos para que saibam fazer suas próprias escolhas, e começar pela alimentação já é um grande passo.
Um beijo,
Lu
POST ESCRITO PARA O BLOG MÃE QUE ESCREVE, DA BRINQUEDOS BANDEIRANTE
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