Brincadeira de Criança
- Luciana Morgado
- 19 de jan. de 2016
- 2 min de leitura

Antes de ser mãe, eu entrava em uma loja de brinquedo qualquer e achava o máximo o fato de organizarem tudo por gênero. Um lado da loja só de coisas que meninas gostam, o outro lado com coisas de meninos.
Facilitava a minha vida, já que eu não sabia direito quais brinquedos escolher na hora de um presente ou coisa assim, mas depois que meu filho nasceu, percebi o quanto seguir essas diretrizes do mercado pode ser limitador para o desenvolvimento da criança.
Certa vez, uma amiga com filhos já em fase de vestibular, dizia como seu filho mais velho tinha aptidões para a área de exatas, e a filha mais nova para humanas. Eu fiquei tentando entender o quanto isso pode ter sido influenciado pelas brincadeiras deles quando pequenos. Questionei, e ela confirmou que com o menino eles quase sempre faziam brincadeiras que envolviam raciocínio lógico, como jogos e quebra-cabeças, e com a menina, as brincadeiras eram mais lúdicas, como brincar de casinha ou de colorir. Fiquei pensando sobre isso durante a semana, e depois de ler muito e pensar em alguns casos entre amigos e família, concluí que a criança tem sim aptidão nata para determinadas atividades, mas as brincadeiras de sua infância tem grande responsabilidade em sua formação não só profissional, mas como ser humano.
As meninas deveriam brincar menos com bonecas e mais com brinquedos típicos de meninos, como jogos de construção, mais favoráveis ao desenvolvimento da criatividade, afirmou a influente cientista britânica Athene Donald.
“Devemos mudar a forma como vemos meninas e meninas e pensar no que é bom para eles quando são pequenos. O tipo de brinquedo é importante? Acredito que sim”, declarou a cientista, professora de física experimental da Universidade de Cambridge.”
Meus filhos adoram brincar de fazer comidinha, por exemplo, e eu acho o máximo, pena que andei muito até encontrar panelinhas e acessórios coloridos que não se limitassem ao rosa com detalhes florais. Cabe a nós, mães, tornar o ambiente do brincar mais neutro.
Eu tento equilibrar as brincadeiras, pensando mais no que meus filhos aprendem enquanto brincam do que se aquela é uma brincadeira de menino ou de menina, afinal, brincadeira é coisa de criança, e não tem gênero!
Até a próxima!
Um beijo, Lu
POST ESCRITO PARA O BLOG MÃE QUE ESCREVE, DA BRINQUEDOS BANDEIRANTE
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