Reunião da Escola, Chupeta, Viroses e Bom Senso de Mãe
- Luciana Morgado
- 3 de jul. de 2015
- 6 min de leitura

Esse post tá um pouco atrasado, eu queria ter feito ele na quarta, quando cheguei da reunião da escolinha do Leo. Mas tudo bem, vamos lá...
Quarta a noite tivemos a primeira reunião dos bebês do berçário. Primeiro quero contar que fiquei MUITO feliz em saber que o blog ajudou uma mãe a encontrar a escola ideal para seu bebê. Sim!!! Estava eu falando, falando quando de repente ela me conta que o filho dela só estava lá por minha causa. Eba! rss fiquei contente, porque escrever um blog é meio vazio sabe?! Você trabalha, escreve e no final não sabe ao certo pra quem, ou quantas pessoas realmente estão dando atenção pra todo esse conteúdo. E mais: não sabe se o que você está dividindo vai, de fato, ajudar alguém, ser útil para alguém. Então, me senti realizada porque sei que estou no caminho certo.
Bom, para quem ainda não tem filhos na escola, na reunião elas falam um pouco sobre o que foi trabalhado na programação pedagógica, como nas aulas de música ou nas atividades sensoriais. Falam também sobre o grupo, sobre alertas, dicas e programação do segundo semestre. As mães ficam livres para questionarem, apesar de quase nenhuma falar muito, principalmente quando a mãe ainda é "novata" nessa coisa toda de escola, exceto eu. Sim, eu FALO DEMAIS.
Bom, o Leo é meu segundo filho e eu já aprendi que essa relação com as mães dos amiguinhos da escola é super importante. Quer ver um exemplo? Ano passado o Nelsinho ficou um mês ou mais levando MUITAS mordidas na escola. Tinha dias que ele voltava com 4, 5 no braço, que ficava até um pouco roxo, e doía, tadinho. O que eu faria se não tivesse "investido" nesse relacionamento com a escola e com as mães dos amigos dele? Colocaria a culpa na professora, na escola, e pensaria seriamente em tirar ele de um lugar onde as pessoas não estão atentas para esse tipo de coisa. Você pensaria assim, não? Mas não foi o que fiz! Porque sempre conversei MUITO com ele, então desde cedo sabia o nome dos seus amigos e procurava conhecer os pais de cada um nas reuniões. Conversei muito com a escola também, coordenadora, professora e diretora. Sabia também que as crianças entre 2-3 anos usam a mordida para expressar sentimentos, de raiva ou de carinho. Quando ele chegou mordido pela primeira vez, me contou quem foi a amiga que mordeu, porque a escola nunca cita nomes { elas nunca falam nada, nem sobre quem é pai e mãe de quem, para evitar mal entendidos } Na reunião que tivemos depois dos episódios, a professora citou as mordidas e eu logo falei: "ah, esse foi o Nelsinho! Quem são os pais dela?" E eles logo se manifestaram, super receosos. Eu expliquei que entendia a sitaução e falei um pouco sobre como eu e o Nelsinho estávamos lidando com isso. Na hora, eles ficaram aliviados, se explicaram, disseram que não sabiam mais o que fazer, e nós nos ajudamos. Descobrimos que ela gostava tanto dele que mordia! Mordidas de amor rss e com a nossa ajuda, logo ela parou de morder. Trabalho em conjunto! Hoje eles são super amigos, brincam pra lá e pra cá nas festinhas dentro e fora da escola. Se eu não tivesse falado com eles naquele dia, não sei como tería sido.
Por isso, uso as reuniões para me aproximar das mães. Gente, pensa: são elas as responsáveis pelos amigos que passam horas do dia com nossos filhos! É preciso estar perto, sem cerimônias. Aliás, as escolas deveríam contribuir para que essa relação se desenvolvesse. Então falo tudo, sem pauta, porque acho importante dividir as dúvidas e aprendizados, mas tem muita mãe que fica brava, não gosta... e eu não ligo.
Uma das coisas que falei no dia foi que SIM, eu acho que a chupeta no berçário contribui para a transmissão de vírus e bactérias. Ponto. Isso aprendi por experiência própria com meu filho Nelson. Ele usava chupeta - o Leo não usa, e vira e mexe vinha com a chupeta do amigo pra casa, ou colocava a chupeta do amigo na boca. Meninas, os bebês estão em plena fase oral dos 6 aos quase 2 anos, por isso eles querem colocar TUDO na boca! E estar na escolinha, com um acessório que é feito exatamnete para isso ajuda muito nesse passa-passa. CLARO, eles vão colocar qualquer outra coisa na boca, depois o amigo pega e coloca também, ISSO ACONTECE, e nesse momento também podem pegar um vírus de um resfriado ou uma bactéria, caso o amiguinho esteja doente. Mas a chupeta é um item a mais, entendem?! Eu falava para as meninas do berçário: tentem não deixar ele de chupeta, só na hora do soninho... Enfim, o Leo não usa chupeta, não gosta, e eu fico bem mais tranquila. Mas, se posso dar uma dica para as mamães de bebês que usam é: tentem usar a chupeta só em casos de emergência, de muita manha, muito sono, para que eles passem o dia sem ela, principalmente quando estiverem na escola.
Outra coisa que foi falado na reunião { e que eu me manifestei rss } foi sobre o que fazer quando o bebê está doentinho. Gente, vamos lá. Estamos no inverno e as crianças ficam mais sensíveis, tem sempre um nariz escorrendo, uma tosse... não dá pra ficar com eles em casa a cada suspeita. MAS, se é algo novo, ou algo que pode parecer mais sério, nós precisamos consultar o pediatra para saber se é ou não transmissível. O Leo, por exemplo, ficou muito resfriado no começo de junho, com o olho secretivo. Ficou bem mal na sexta e no final de semana, na segunda foi para a escola normalmente, porque a pediatra disse ser só um resfriado forte que já estava se estabilizando { quando o resfriado tem muita secreção, é comum o olhinho ficar bem remelentinho, como se fosse uma conjuntivite, mas sem o vermelhão e a coceira }. Em seguida, teve muita febre, o dente estava nascendo, levei para escola e pedi que elas observassem, que eu achava que era o dentinho. No segundo dia, febre muito alta, levei ao médico: raio-x e diagnóstico: bronquiopneumonia. Antibiótico e repouso em casa, porque nesse caso a imunidade cai e ele não podería pegar nada novo na escola. Após o período de repouso, ele voltou normalmente. Uma semana depois, febre de 39 graus que não baixava nem com Novalgina. Fomos ao pronto socorro e o diagnóstico foi de otite. Antibióticos e repouso. Ele não foi para a escola. Dois dias depois manchas vermelhas apareceram, a pediatra pediu que suspendesse o antibiótico, pois não era otite, era roséola, que pode ter "enganado" a médica do pronto socorro. Ele continuou de repouso, foi para escola apenas na outra semana, e já estava melhor.
Ou seja, esse vai e vem é comum, porque nessa fase eles saram de uma coisa e logo pegam outra, então o importante é estarmos atentas aos sintomas, anotar tudo, conversar com o pediatra - se ele tiver whatsapp, melhor ainda - e em casos mais sérios, estarmos preparadas para ficar em casa com eles, ou para deixá-los com alguém. Em casos de doenças como conjuntivite, roséola, herpangina, doença de mão-pé e boca, estomatite, sinais de vômito e diarréia, ou outra coisa do tipo, os bebês NÃO PODEM IR PARA A ESCOLA. É um ato de muita irresponsabilidade. Mas as vezes o bebê está com o cocô mais molinho, porque comeu algo diferente, ou está com gripe... isso é normal, principalmente nesse tempo seco e frio.
É isso gente, queria dividir com vocês, primeiro para que vocês entendam que reunião de escola é feita para que a gente se encontre também, para que possamos dividir as coisas que pensamos, dúvidas, sugestões com a escola e também com as outras mães, então não se acanhem, nem fiquei "bravas" com mães que falam, falam e falam com eu! rs E segundo porque esse bom senso materno deve estar sempre em pauta! Devemos o tempo todo pensar nos nossos filhos e também nos amiguinhos dele, nas crianças com que ele convive. Tipo coisa dos três mosqueteiros: "Uma por todas, e todas por uma."
Um beijo,
Lu
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