Dia Nacional do Combate ao Bullying
- Luciana Morgado
- 7 de abr. de 2015
- 2 min de leitura

Hoje é o Dia Nacional de Combate ao Bullying. Na minha época, não existia esse termo, e talvez a "brincadeira" não chegasse tão longe como hoje. Ou não percebíamos as consequências das bricadeiras, pois nada era tão rápido... o que acontecia na escola, normalmente ficava na escola, o que acontecia na rua de casa, ficava na rua de casa... não tínhamos internet nem Facebook, nem Whatsapp...
Só posso afirmar que o bullying, com ou sem essa nomenclatura, já existia. Eu mesma passei por muita "zoação"... porque era magrela, porque ficava "neguinha" depois de uns dias na praia, porque meu cabelo armava, porque eu usava aparelho, porque tinha cabeção, porque tinha perna fina... aff foram fases e mais fases. Muitos dos que me enchiam o saco eram meus "amigos", eles falavam e eu ignorava. Claro que ficava chateada, ainda mais na adolescência, fase em que críticas são difíceis de ser digeridas, imaginem brincadeiras de mal gosto com relação a sua aparência, mas eu deixava pra lá...
O problema é que muita criança fica realmente magoada, sofre mesmo... quando a coisa parte de pessoas que a querem bem, elas percebem e as brincadeiras param, tudo vai se acertando. Mas muitas vezes os "agressores" não estão nem aí e acabam falando mais e mais, até que essa criança se sinta realmente incapaz, sozinha, acreditando que sua vida não tem sentido algum. É muito triste.
O engraçado é que depois que a gente cresce, e encontra alguns dos "amigos" que tanto falavam, percebe o quanto nada daquilo fazia sentido. Vi muitos falando das meninas mais gordinhas da sala, por exemplo, e hoje estão por aí, enormes - e muitas delas estão ainda mais lindas hoje em dia!
Mais do que tentar proteger meu filho do bullying, tento sempre observar de que lado ele está... educo meu filho para que respeite os amiguinhos, para que trate todos com carinho, educação. Tento dar o exemplo e explicar as situações, como quando alguma outra criança o trata mal...
O bullying só existe porque algumas crianças precisam externalizar sentimentos "ruins", muitas vezes porque passam por alguma dificuldade em casa, ou em outro ambiente que não aquele onde ela se mostra tão forte e confiante, junto ao seu grupo. Muitas vezes também é inveja do amigo, carência dos pais... e de alguma forma, eles também sofrem! Se nosso filho estiver do "lado de lá", também precisamos observar e tentar ajudar.
Vamos acabar com o bullying!
Educação e respeito a gente aprende em casa, por isso a mudança está nas nossas mãos.
Um beijo!
Lu
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