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A Absolvição das Super Mães

Na semana passada o texto "Não sou uma mãe politicamente correta", do Tumblr "Tenho 3", feito pela Ana Claudia, bombou na internet. No texto, ela assumia alguns deslizes do dia a dia, como esquecer de dar a vitamina do bebê, deixar os filhos jantarem vendo TV, dar uns tapinhas em momentos de desobediência, entre outras coisas que estão classificadas na lista de "mães, não façam isso". No final, a sentença: "Eu me absolvo".

Não tenho na minha "lista de pecados" algumas coisas que a Ana tem, mas compartilho com ela outras delas, como esquecer o Adtil vez ou outra, como pedir para eles pararem de gritar, gritando, como por falta de tempo transformar o pastel em almoço no sábado, como esquecer de escovar os dentes ou deixar o banho para a manhã seguinte só porque estava muito cansada e caí no sono...

Me identifiquei porque quem é mãe, cuida das coisas da casa, das refeições e, como se houvesse tempo, ainda trabalha um pouquinho, sabe que o dia a dia não é só o conto de fadas contado pelas revistas, sites e blogs. Claro que a teoria está aí para ser aplicada, mas nós somos de carne, osso e coração... e as vezes, erramos. Erramos?!

Eu amo meus filhos! Sou mãezona mesmo, e não delego eles pra ninguém! Gosto de cuidar da alimentação, gosto de brincar, de sair pra passear, de conversar, de dar banho... gosto de dormir abraçadinha, de beijar, abraçar, apertar. E até o meu filho completar 2 aninhos, achei que minha vida seria assim, só gostar...

Mas ser mãe também é não gostar! Eu não gosto quando meu filho faz birra, quando me chuta porque não quer se vestir, quando empurra minha mão quando não quer comer, quando cospe a comida e faz a maior sujeira, quando grita sem motivo, quando não olha para mim quando conversamos, quando não me obedece quando precisa obedecer... eu não gosto mesmo. Fico brava, chateada, decepcionada... e não só com ele, comigo também, porque no final sempre chego a conclusão de que a culpa é minha!

Quando estava grávida de uns 5 meses do Leo, o Nelsinho tinha acabado de fazer 2 aninhos. Foi o ápice do ciúme dele. Ele empurrava minha barriga, me ignorava, só queria saber do papai. Um dia falei pra ele: "Filho, dorme aqui na cama da mamãe." e ele me respondeu: "Não mamãe. Eu durmo com o papai na cama, e você vai pra calçada."- Não sei de onde ele tirou isso! Talvez tenha visto alguns moradores de rua dormindo na calçada, sei lá... Que que eu fiz?! Fui pro banheiro, me olhei no espelho e chorei. Chorei porque estava magoada. Poxa, eu sou a mãe dele, faço tudo por ele, o dia todo, desde que eu descobri que estava grávida dele, sempre coloquei ele em primeiro lugar... e ele me manda pra calçada?! Claro, sei que faz parte do processo natural de aceitação do irmão, que os dois anos são a fase mais difícil da infância, que ele me ama muito e que isso é coisa de criança... a gente sabe de tudo isso, mas se chateia mesmo assim.

Nesses dois anos e meio já dei uns berros, já coloquei de castigo, já tive de segurar ele mais forte para que parasse e se acalmasse, já dei tapinha na mão porque jogou o que não devia no chão mesmo depois de um, dois, três alertas... já me arrependi, ja me achei uma mãe megera, já me preocupei com o rumo das coisas e mudei de caminho algumas vezes para melhorar uma coisa ou outra. Alguns diriam que já errei muito, mas eu não! Errar é quando não sabemos o que estamos fazendo, ou quando fazemos alguma coisa de qualquer jeito, sem preparação. Nenhuma mãe que tem amor pelos seus filhos erra com eles. Não, porque tudo que fazemos tem um motivo, tudo foi pensado, planejado, ensaiado, e as vezes não, mas ainda assim, o objetivo é sempre nobre, para que tenham mais saúde, para que aprendam coisas boas, para que estejam bem, para que sejam mais felizes.

Quem é mãe sabe que as vezes vamos mesmo nos esquecer de alguma coisa, vamos abrir excessões, vamos nos contradizer, vamos abrir mão de coisa ou outra. A cobrança com as mães é muito grande, e o julgamento vem o tempo todo, de todos os lados, principalmente de gente que tá no mesmo barco que você, de gente que também é mãe! Mas fique tranquila, nossos deslizes não são erros, eles acontecem para percebermos que não somos perfeitas, para aprendermos com eles. Mães são sim super mulheres, com suas glórias e seus pecados... nenhuma melhor ou pior, todas apenas amando seus filhos e fazendo o melhor que podem por eles.

Que o amor nos absolva!rs

Um beijo,

Lu

 
 
 

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