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A Descoberta da Gravidez

Planejada ou não, a descoberta da gravidez é sempre um momento mágico, porém seguida de muitas dúvidas. Aqui compartilho com vocês como foi minha experiência e quais os primeiros passos de toda "nova grávida".

Para as mulheres mais reguladinhas, alguns dias de atraso na menstruação já bastam para que a suspeita as leve ao teste de farmácia, que identifica a presença do HCG pela urina. Outras vão direto ao exame de sangue, chamado de Beta HCG, que detecta o hormônio e pode indicar também o estágio da gravidez em que a mulher se encontra.

Para as mulheres nem tão reguladinhas assim, as vezes a descoberta pode ser uma surpresa e tanto! Na minha primeira gravidez descobri sem querer, antes mesmo da menstruação atrasar. Estava há uns três dias com muita moleza, cansaço, dores de cabeça e uma sensação diferente no abdome. Um dia, durante o horário de almoço, resolvi dar um pulinho no PS do Hospital São Luiz, ali no Itaim. Expliquei meus sintomas e o médico logo me perguntou: “Existe a possibilidade de você estar grávida?”

Que pergunta difícil! Eu namorava há dois anos e usava o mesmo método contraceptivo há mais de cinco, mas respondi “Sim, existe”, já que o percentual efetivo dos contraceptivos nunca é de 100%. Ele fez umas anotações e enquanto isso eu pensava: “Imagina, que bobagem! Eu não estou grávida...”

O protocolo para atendimento no Pronto Socorro dos hospitais nesses casos é sempre o mesmo. Você passa pela triagem com a enfermaria, onde eles verificam sua pressão, temperatura e registram os sintomas. Depois, o médico faz a avaliação clínica e encaminha você para exames de sangue e ultrassom de abdome. Passei por tudo isso mas os resultados dos exames estavam demorando demais, decidi ir embora e voltar no fim do dia. Quando voltei, uma médica logo veio em minha direção: “Você é Luciana?! Preciso falar com você!”. Assustei. Fomos para o consultório, ela pegou na minha mão e disse: “Luciana, quero te dar os parabéns, você está grávida!”

Na hora fiquei sem reação. Eram tantos sentimentos misturados a uma felicidade infinita, afinal, estava com 27 anos e sempre desejei ser mãe antes dos 30. “Jura?!” Foi a única coisa que consegui responder. Ela foi super amiga, me deu um abraço, perguntou sobre minha família, meu namorado e me deu as primeiras orientações. Como em todo caso de gravidez, me receitou Ácido Fólico e conversamos sobre o que eu podia ou não fazer durante a primeira fase da gestação, algumas coisas como não comer peixe crú, carnes cruas ou mal passadas, mariscos e frutos do mar, não ingerir bebidas alcoólicas, não fumar, beber muita água, comer muitas frutas, verduras e legumes, evitar refrigerantes e açúcar, não fazer reflexo ou escova progressiva, não usar blondor, não usar corticóides ou fungicidas e ter atenção redobrada na escolha dos cosméticos e dos alimentos industrializados.

Ela também me alertou de que haviam chances do embrião não evoluir, pois com quatro semanas sua sobrevivência ainda não é garantida. Posso adiantar aqui que, na semana seguinte fiz outro ultrassom, que diagnosticou uma não fixação completa da Placenta, ou seja, eu teria que ser cuidadosa com movimentos, exercícios e outras atividades que pudessem comprometer a fixação da placenta na parede do útero.

Ao sair, estava em choque mas muito, muito feliz. Subi até o berçário, fiquei ali olhando aqueles bebês tão pequenos e frágeis por uns 20 minutos e de repente, a ficha caiu. Fiz um pacto com meu bebê de que estaríamos sempre juntos e que seríamos grandes amigos, sempre. E de que ele ficaria alí comigo sim, afinal naquele momento eu já era mãe e meu amor por ele já era grande demais para considerar a hipótese da gestação não evoluir.

Na minha segunda gravidez, dois anos e quatro meses depois, tudo foi completamente diferente. Em setembro de 2013 minha menstruação já estava toda desregulada, desde julho que tudo estava um pouco diferente. Em outubro já estava há três meses sem menstruar direito e de repente pensei: “Será que estou grávida?!”. Pior, eu poderia estar grávida de mais de dois meses e nem ao menos ter percebido! Corri na farmácia, comprei dois testes de marcas diferentes, fiz os dois de acordo com as recomendações e... SIM! Eu estava grávida!

Que felicidade e que desespero! A notícia do segundo filho é tão boa quanto a do primeiro, mas existem milhares de novas sensações, até porque você já é mãe e sabe que depois da descoberta existe um caminho longo até a chegada do bebê. Além disso, desta vez você já tem um companheiro de caminhada e vai precisar cuidar dele para que fique tão bem quanto você com a chegada do irmãozinho.

Liguei para minha médica no dia seguinte pedindo um Beta HCG e um ultrassom, para descobrir de quanto tempo estava. Fiz os exames... Ufa! Estava grávida de apenas quatro semanas! Que alívio, pois dali em diante poderia seguir novamente com os "primeiros passos", que eu já conhecia de cór.

Um beijo,

Luciana

 
 
 

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